sábado, 27 de agosto de 2011

Ψ Plasticidade Cerebral


Ψ Plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.
Há alguns anos atrás, admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade regenerativa e que o cérebro era definido geneticamente (programa genético fixo).
No entanto, não era possível explicar o fato de pacientes com lesões severas obterem, com técnicas terapêuticas, a recuperação da função.
Estudos mostram que o cérebro é muito mais maleável do que até então se imaginava, modificando-se sob o efeito da experiência, das percepções, ações e comportamentos.
Logo,
pode-se referir que a relação que o ser humano estabelece com o meio produz grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a vida.
A Reabilitação do Cérebro Lesionado pode promover a reconexão de circuitos neuronais danificados. Quando há uma pequena perda de conectividade neuronal, esta tende a ser recuperada de uma forma autônoma.
 No entanto, quando essa perda é de maior grau, tenderá a tornar-se uma perda permanente, daí a impossibilidade de recuperar certas funções depois de determinados acidentes ou doenças provocarem elevados danos neurológicos.
Plasticidade Sináptica As SINAPSES são conexões especializadas que permitem transmitir informação entre os neurônios. São estruturas dinâmicas que moldam o fluxo de informação do circuito nervoso. A plasticidade sináptica consiste na capacidade de rearranjo por parte das redes neuronais. Ou seja, perante cada experiência nova do indivíduo, as sinapses são reforçadas, permitindo a aquisição de novas respostas ao meio ambiente.
Nesta perspectiva, a plasticidade sináptica constitui um dos mecanismos mais importantes da plasticidade cerebral, permitindo que uma lesão ao nível da transmissão de informação neuronal seja recuperada através da criação de outras redes neuronais que possam substituir os danos causados pela lesão.
BIBLIOGRAFIA: KINGSLEY, R.E. Manual de Neurociência. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2001.
CAMBIER, J.; MASSON, M.; DEHEN, H. Manual de Neurologia. São Paulo: MEDSI, 1999.
BARBIZET, J.; DUIZABO, P. Manual de Neuropsicologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. São Paulo: Atheneu, 1986.

(Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

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