- Semiólogo, Ensaísta e Crítico Literário Francês, Barthes extrapola, praticamente todos os dias, até enfim 15 de setembro de 1979, os sentimentos que invadiam sua mente a respeito da morte, solidão e existência com a perda materna...
- No final da vida, cheio de melancolia pela ausência da mãe e entediado, Barthes entrega-se ao recolhimento, volta ao seu baú sentimental e parte em busca do tempo perdido. O que nos faz rememorar sua obsessão pelos escritos proustianos, sobretudo porque é ali que ele encontra o estilo de romance que aprecia: anamnésico: "(...) romances que amo (...) [são aqueles] feitos com materiais (lembranças) evocadas da infância da vida do sujeito.
Proust fez disso a teoria de sua obra (...)." (Barthes, 2005).
- "O Diário de Luto" propõe uma profunda e dolorosa parcela da vida íntima transtornada por uma perda: a mãe, Henriette Binger, que nasceu em 1893 e casou-se com Louis Barthes aos 20 anos de idade, e mãe aos 22 e no ano seguinte viúva de guerra, falecendo em Paris aos 84 anos, o que foi para Barthes um grande golpe. Pela ausência do pai a mãe tornara-se figura central na vida do semiólogo.
Barthes morreu em 1980, atropelado ao atravessar a rue des Écoles, em frente ao Collège de France.
Fonte: Fontanare, Rodrigo. Roland Barthes. A Dor do Luto. Revista Criação & Crítica, São Paulo. Diário de Luto - Roland Barthes - Ano 2009 - Editora: Edições 70 (Trad. Álvaro Manuel Machado).
Fatima Vieira - Psicóloga Clínica.
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