Assim refere Bauman: "Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”.
*Tudo é efêmero. Na modernidade líquida, as transformações são cada vez
mais velozes, ... e surge medo do comprometimento, o “amor
líquido”.
*O amor líquido
é caracterizado pelo descartável, pela substituição frenética e compulsória das relações.
*Amor líquido se define a partir do padrão dos bens de consumo.
*O amor vira produto de troca e de fácil acesso,
sempre existindo algo novo que precisa ser "comprado".
*Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade
por quantidade.
*É bom lembrar que o amor não é
um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e
difícil esforço e de boa vontade.
*A era da globalização da informação e da internet trouxe uma espécie de interação superficial entre as pessoas, na qual o virtual passou a ser mais importante - por ser mais confortável do que a realidade - do que o real
.
*Os contatos online têm
uma vantagem sobre os offline: são mais fáceis e menos arriscados o
que muita gente acha atraente. Eles tornam mais fácil se conectar e se
desconectar.
*Casos as coisas fiquem “quentes” demais para o conforto,
você pode simplesmente deletar, sem necessidade de explicações
complexas, sem inventar desculpas, sem censuras ou culpa.
*Atrás do seu
laptop ou iPhone, com fones no ouvido, você pode cortar os desconfortos do mundo offline.
*O contato via rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a ausência de comprometimento.
*É assim que funciona com as relações nas redes sociais. Trouxemos essa função para a vida real.
Natalie Holland
*Conectar
e desconectar tornou-se a nova forma de relação. Estamos conectados até
o momento em que algo falha, daí o caminho mais fácil é desvincular
totalmente.
*Mas não há almoço grátis, como diz um
provérbio inglês: se você ganha algo, perde alguma coisa
.
*Entre as
coisas perdidas estão as habilidades necessárias para estabelecer
relações de confiança, para o que der vier, na saúde ou na tristeza ...
*A necessidade de solidificar relações está suspensa, os contatos estão cada vez mais superficiais.
*Relações cujos encantos você nunca conhecerá a menos
que pratique.
"É um mundo de incertezas. E cada um por si. Nossos ancestrais eram esperançosos: quando falavam de ‘progresso’, se
referiam à perspectiva de cada dia ser melhor do que o anterior.
Nós estamos assustados: ‘progresso’, para nós, significa uma constante
ameaça de ser chutado para fora de um carro em aceleração”, afirma Barman.
Fonte: Bauman, Zygmunt - "Vidas Desperdiçadas" e "Modernidade Líquida".
http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/102755_VIVEMOS+TEMPOS+LIQUIDOS+NADA+E+PARA+DURAR
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica
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