*(Ao lado, o que pensam algumas pessoas em 2016!)
*Freud deixa claro que não considera a homossexualidade uma doença, *que não confia em uma possível reversão da sexualidade e que *o melhor é discutir as angústias do filho e não o fato de ele ser homossexual...
*A carta começa com Freud cutucando o preconceito e vergonha da mãe, que não cita a palavra homossexual ao se referir ao rebento.
*A carta de Freud chegou até o sexólogo norte americano Alfred Kinsey (1984-1956) e foi publicada em uma edição do Jornal Americano de Psiquiatria em 1951, colaborando para a retirada da homossexualidade do rol de doenças psiquiátricas nos EUA trinta anos depois e finalmente em 1991 no rol de doenças da Organização Mundial da Saúde.
"Cara Sra.,
*Vejo pela sua carta que seu filho é homossexual.
*Estou muito impressionado com o fato de você não mencionar o termo ao fornecer informações sobre ele.
*Posso perguntar por que você o evita? A homossexualidade não é certamente nenhuma vantagem, mas não é nada do que se envergonhar, nenhum vício, nenhuma degradação;
ela não pode ser classificada como uma doença; consideramos ser uma variação da função sexual, produzida por uma certa interrupção do desenvolvimento sexual.
*Muitos indivíduos altamente respeitáveis de tempos antigos e modernos eram homossexuais, vários dos maiores homens entre eles. (Platão, Michelangelo, Leonardo da Vinci...).
*É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como crime - e crueldade também.
*Se você não acredita em mim, leia os livros de Havelock Ellis.
*Ao perguntar-me se eu posso ajudar, você quer dizer, suponho, se posso abolir a homossexualidade e instaurar a normalidade da heterossexualidade em seu lugar.
*A resposta é que de maneira geral não podemos prometer resultado. Em determinados casos conseguimos despertar tendências heterossexuais reprimidas, que estão presentes em todos os homossexuais, mas na maioria dos casos não é mais possível.
*É uma questão da qualidade e da idade do indivíduo. O resultado do tratamento não pode ser previsto.
*O que a análise pode fazer por seu filho é uma questão diferente. Se ele é infeliz, neurótico, dilacerado por conflitos, inibido em sua vida social, a análise pode trazer harmonia, paz de espírito, eficiência, quer ele siga homossexual ou se modifique.
*Se você se convencer de que ele deve fazer análise comigo - eu não espero que aconteça - ele terá de vir para Viena. Eu não tenho nenhuma intenção de sair daqui. No entanto, não esqueça de me dar a sua resposta.
Atenciosamente, Freud."
*O Que Diz o CFP (Conselho Federal de Psicologia) ?
*De acordo com a regulamentação, em seu art. 1º, psicólogas (os) atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade, o que também está disposto no art. 2º do Código de Ética da profissão, que veda à categoria praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.
(...) Estão proibidos de exerceram qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, e adotarem ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.
Fonte: Freud fala sobre homossexualidade a mãe de jovem gay | Revista Lado A - http://revistaladoa.com.br/2015/03/noticias/em-curiosa-carta-freud-fala-sobre-homossexualidade-mae-jovem-gay
http://www.crpsp.org.br/portal/midia/fiquedeolho_ver.aspx?id=605
Ψ Fátima Vieira - Psicóloga Clínica
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