*Segundo o psicanalista Flavio Gikovate: “o amor é um sentimento muito específico, que provoca a sensação de paz, de aconchego e harmonia”.
imagem: Cesare Auguste Detti
*Platão afirmava que o amor deriva da admiração.
*A admiração, é uma das variáveis que pode levar o fenômeno amoroso ao colapso da relação.
*Quanto mais baixa for a autoestima, maior a procura pela admiração ao perfil oposto, justificando a máxima “os opostos se atraem”.
*O tempo e a aproximação podem provocar a perda, ou mesmo o crescimento da admiração.
*É um processo constante de reavaliação da admiração ao outro.
*Isso depende das escolhas e das mudanças que ocorrem individualmente e, que afetam diretamente o relacionamento.
*Em outras palavras, quando se perde admiração, perde-se o amor. Logo, o maior problema é a perda da admiração.
*O sentimento amoroso vai se desencantar pelas mesmas razões que o fez encantar.
*O fim do amor não é, imediatamente, o fim do relacionamento.
*Muitas pessoas ficam juntas, mesmo depois que a vida emocional se esvazia.
*Viver junto, não significa viver bem.
*Há os que continuam com um objetivo de forçar a mudança do outro, em vez de usar essa força para mudar a si mesmo.
*Por exemplo: em vez de eu forçar o outro a deixar de ser egoísta, eu devo trabalhar em mim para ser mais generoso.
*Assim, ou a pessoa sai da relação em busca de alguém generoso, ou ela aprende a ser generosa.
*Toda energia deveria ser gasta em si mesmo e não em reformar o outro. É um esforço inútil.
*Para Gikovate a parte mais generosa da relação é quem ativa a ruptura.
*Isso porque a parte mais egoísta, ainda que em um possível sofrimento, não suporta ceder.
*Assim, espera-se uma hora oportuna para a separação.
*Se o relacionamento está desgastado, o outro não está preenchendo bem as expectativas, de maneira que já há a sensação de incompletude presente.
*Quando há uma ruptura é preciso fazer uma autocrítica e entender onde e como foram as falhas e as mudanças. Aprender a lidar melhor consigo mesmo.
*O individualismo é uma coisa positiva, pois está ajudando as pessoas a darem menos ênfase ao amor infantil, de dependência.
*O individualismo atrai relações entre pessoas mais parecidas criando uma nova máxima “os semelhantes se aproximam”.
*O amor ganha conotação mais adulta, com aconchego intelectual, o que dá um viés mais sofisticado para a relação.
O “Mais Amor” (termo cunhado por Gikovate como uma evolução das relações afetivas) é o que se aproxima da amizade, ou seja, a relação entre duas pessoas é baseada nas afinidades, respeitando a individualidade de cada um, tomando as duas partes como iguais e equilibradas.
*Ser amado, mas não conhecido, é reconfortante, mas superficial.
*Ser conhecido e não amado é o nosso maior medo.
*Mas ser totalmente conhecido e verdadeiramente amado é muito parecido com ser amado por Deus.
*Fonte: Gikovate/ Renato Lima
Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clinica
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