Harold Harvey
Passeando pelo parque de Steglitz, em Berlim, encontrou uma menina chorando porque havia perdido sua boneca.
Kafka ofereceu ajuda para encontrar a boneca e combinou um encontro com a menina no dia seguinte no mesmo lugar.
Nao tendo encontrado a boneca, ele escreveu uma carta como se fosse a boneca e leu para a garotinha quando se encontraram.
A carta dizia: “Por favor, não chore por mim, parti numa viagem para ver o mundo”
Durante três semanas, Kafka entregou pontualmente à menina outras cartas, que narravam as peripécias da boneca em todos os cantos do mundo: Londres, Paris, Madagascar…
Tudo para que ela esquecesse a grande perda e tristeza!
No fim, Kafka presenteou a menina com uma outra boneca.
Ela era obviamente diferente da boneca original.
Uma carta anexa explicava: “minhas viagens me transformaram…”
Anos depois, a garota encontrou uma carta enfiada numa abertura escondida da querida boneca substituta.
O bilhete dizia: “Tudo que você ama, você eventualmente perderá, mas, no fim, o amor retornará em uma forma diferente”.
(Esta história foi contada para alguns jornais e inspirou um livro de Jordi Sierra i Fabra - Kafka e a Boneca Viajante, onde o escritor imagina como teriam sido as conversas e o conteúdo das cartas de Kafka)
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