sábado, 26 de maio de 2012

As Mulheres de Pino Daeni

Pino Daeni nasceu na Itália em 1939  e suas telas remetem a sensações de calor, nostalgia, amor. Pino é admirado pela sua capacidade excepcional de capturar os movimentos e expressões dos seus personagens , na maioria belas mulheres e crianças. Por isso é requisitado em muitos lugares para fazer retratos.  Consagrado pintor e ilustrador. Estudou no Instituto de Arte de Bari, e, em 1960, aperfeiçoou-se na Academia de Brera, em Milão, Itália. Foi profundamente influenciado pelos pré-rafaelitas e Macchiaioli e após uma breve experimentação expressionista, voltou às suas raízes, encontrando inspiração nas obras de artistas impressionistas, como Sargent, Joaquin Sorolla e Giovanni Boldini. Em 1971, decidiu estabelecer-se nos Estados Unidos e mudou-se com a família para Nova Iorque, onde destacou-se como ilustrador de livros (romances de Danielle Steele e Amanda Ashley, entre outros). Produziu cerca de 3000 capas, cartazes de filmes e ilustrações para revistas. Em 1992 voltou a dedicar-se à pintura e fez diversas exposições em importantes galerias americanas.







Ψ Jacques-Marie-Émile Lacan

Ψ  1901: Nasce em Paris Jacques-Marie-Émile Lacan, primeiro filho de uma próspera família católica, cuja origem paterna é de fabricantes de vinagres de Orléans (os Dessaux).  Depois dele viria uma irmã, Madeleine, o irmão Raymond, morto na infância e Marc-François, monge beneditino.
1919: Matricula-se na faculdade de medicina. Paralelamente estuda literatura e filosofia, aproximando-se dos surrealistas. 
1928: Trabalha como interno da Enfermaria Especial para alienados da Chefatura de Polícia, dirigida por Gaëtan Gatian Clérambault, que mais tarde reconhecerá como seu único mestre na psiquiatria. 1931: Após examinar Marguerite Pantaine, que havia tentado assassinar a atriz Huguette Duflos, escreve sobre o episódio (conhecido como "Caso Aimée") uma monografia que está na gênese de sua tese de doutorado.
 1932: Inicia sua análise com Rudolf Loewenstein. Defende a sua tese de doutorado, da psicose paranóica em suas relações com a personalidade. 
1934: Casa-se com Marie-Louise Blondin, com quem terá três filhos. Caroline (1937), Thibault (1939) e Sybille (1940). Desde o início, o casamento foi insatisfatório. Malou acredita ter-se casado com um homem perfeito, cuja fidelidade conjugal estaria à altura de seus sonhos de felicidade. Lacan não era esse homem, nem nunca seria.
 1936: Sua comunicação sobre o estádio do espelho, durante congresso da Associação Internacional de Psicanálise (IPA) em Marienbad, é interrompida no meio por Ernest Jones, discípulo e biógrafo de Freud. 
1938: Inicia relações com Sylvia Bataille, ex-mulher do escritor e filósofo Georges Bataille. Torna-se membro da Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP).
1940: Lacan encontrou-se em uma situação insustentável. Anunciou à sua mulher legítima, que estava grávida de oito meses, que Sylvia, sua companheira, também esperava um filho. Malou pediu o divórcio imediatamente e foi em plena crise de depressão que deu à luz, a  uma menina à qual deu o nome de Sibylle. “Quando eu nasci, escreveria esta em 1994, meu pai não estava mais conosco. Até poderia dizer que, quando fui concebida, ele já estava em outro lugar [...]. Sou o fruto do desespero. Alguns dirão que sou fruto do desejo, mas não creio nisso.” 
1941: Se divorcia de M.L.Blondin e se une com Sylvia Bataille, ex-esposa de Georges, com quem tem uma filha: Judith Sophie. Curiosamente, o criador do nome do pai, não pôde dar seu nome a esta nova filha, por que a lei francesa lhe proibia por não estar oficialmente divorciado de sua primeira esposa, e a criança foi inscrita como Judith Sophie Bataille.
1951: Sua técnica de sessões curtas gera controvérsias na SPP. Dá início aos Seminários, uma série de apresentações orais que constituirão o núcleo de seu trabalho teórico. 
1953: Em meio à crise na SPP, faz conferências fundamentais como "O mito individual do neurótico" (em que utiliza pela primeira vez a expressão Nome do Pai), "O real, o simbólico e o imaginário" (que coloca suas teorias sob o signo do "retorno a Freud") e "Função e campo da palavra e da linguagem em psicanálise" (pronunciada em Roma). Deixa a SPP junto com Daniel Lagache, Françoise Dolto e outros 40 analistas. Funda a Sociedade Francesa de Psicanálise (SFP). Realiza o seminário Os escritos técnicos de Freud, primeiro a ser registrado por estenotipista, possibilitando posterior publicação.
1963: A IPA admite a filiação da SFP.
1964: Lacan funda a Escola Freudiana de Paris (EFP) com antigos alunos como Françoise Dolto, Maud e Octave Mannoni, Serge Leclaire, Moustapha Safouan e François Perrier. 
1966: Publicação de Escritos e criação da coleção Campo Freudiano, dirigida por Lacan.
1967: Propõe a criação do "passe", dispositivo regulador da formação do analista. 
1968: Lançamento da revista Scilicet, do Campo Freudiano. 
1973: Publicação da transcrição do Seminário XI, Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise, realizado em 1964. A partir daí, os seminários passam a ser editados segundo esse procedimento. Caroline morre num acidente de automóvel.
1975: Lançamento de Ornicar? Boletim do Campo Freudiano. 
1980: Anuncia a dissolução da EFP e funda em outubro a Escola da Causa Freudiana. 
1981: Morre em Paris no dia 09 de setembro. Atingido por distúrbios cerebrais e por uma afasia parcial,  na Clínica Hartmann de Neuilly, depois da ablação de um tumor maligno do cólon. Tendo sido enterrado com uma discrição que não permitiu que muitos de seus alunos mais próximos rendessem a ele a homenagem que lhe deviam.
Ψ Lacan não é um autor simples nem fácil. Seus conceitos demandam, além de uma carga exaustiva de leitura, uma inversão do pensamento racional e linear a que está habituada a cultura ocidental. Em seus Écrits (1966; Escritos) e vinte seminários abordou temas tão complexos quanto polêmicos, como a ética da psicanálise, a transferência, o princípio do prazer e conceitos fundamentais da psicanálise, entre outros. 
 Seminário 1 - “Os escritos técnicos de Freud” (1953-54)
 Seminário 2 - “O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise” (1954-55)
 Seminário 3 - “As psicoses” (1955-56)
 Seminário 4 - “A relação de objeto” (1956-57)
 Seminário 5 - “As formações do inconsciente” (1957-58)
 Seminário 6 - “Les désir et son interprétation” (1958-59) 
 Seminário 7 - “A ética da psicanálise” (1959-60) 
 Seminário 8 - “A transferência” (1960-61) 
 Seminário 9 - “L’identification” (1961-62)
 Seminário 10 - “A Angústia” (1962-63) 
 Seminário 11 - “Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise” (1963-64) 
 Seminário 12 - “Problèmes cruciaux pour la psychanalyse” (1964-65) 
 Seminário 13 - “L’objet de la psychanalyse” (1965-66) 
 Seminário 14 - “La logique du fantasme” (1966-67)
 Seminário 15 - “L’acte psychanalytique” (1967-68)
 Seminário 16 -De um Outro ao outro” (1968-69) 
 Seminário 17 - “O avesso da psicanálise” (1969-70) 
 Seminário 18 - “D’un discours qui ne serait pás du semblant” (1970-71)
 Seminário 19 - “...Ou pire” (1971-72) 
 Seminário 20 - “Mais, ainda” (1972-73)
 Seminário 21 - “Les non-dupes errent” (1973-74) 
 Seminário 22 - “R.S.I.” (1974-75) 
 Seminário 23 - “O Sinthoma” (1975-76) 
 Seminário 24 - “L’insu que sait de l’une bévue s’aile à mourre” (1976-77) 
 Seminário 25 - “Le moment de conclure” (1977-78) 
 Seminário 26 - “La topologie et le temps” (1978-79) 
Fonte: MARINI, MARCELE- Lacan a trajetória do seu ensino, Artes Médicas, RS-1991. ROUDINESCO, ELISABETH  http://psicanaliselacaniana.vilabol.uol.com.br/biografia.html/  Wikipédia - (Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

domingo, 20 de maio de 2012

Ψ A Mulher Não Existe?

“Dieu est la femme rendue tout.”
“Deus é a Mulher tornada toda.”
 ( LACAN, Seminário XXII)


Lacan se apropria do conto de Edgar Allan Poe "A carta roubada" para falar da invisibilidade da mulher perante o homem.
Trata-se de uma carta  que tem vários destinatários e nenhum; seu conteúdo nunca pode ser apropriado inteiramente, mantendo-se apenas como uma potencialidade de poder para quem a possui.
Metáfora certeira para a palavra que sempre cerca seu sentido, mas nunca o alcança.  
Por mais visível e audível que as palavras sejam, elas nunca podem ser decifradas totalmente – seu significado sempre desliza e escapa – da mesma maneira que a carta roubada, no conto de Poe, desliza continuadamente por vários possuidores. Mesmo estando perfeitamente visível e disponível em cima da lareira, nunca é vista pelos que a querem encontrar.
O que fará Lacan formular a frase paradoxal e polêmica de que a mulher não existe.
Como dizer isso se o homem faz sexo com uma mulher desde sempre? Lacan dirá que os homens, na verdade, fazem sexo com todas as mulheres e não com uma em especial, repetindo no seu inconsciente o tempo da horda primitiva, em que todas as mulheres pertenciam a um único Pai mítico, dono do falo. A mulher como individualidade lhe escapa sempre.
Lacan diz que a mulher como todo objeto de desejo, pertence à esfera desse "objeto a", parcial, metonímico por definição, mas que consegue ancorar a pulsão do desejo por algum tempo. A mulher real e individual presente no ato sexual representa, portanto, apenas uma possibilidade nessa série infinita que alucina o masculino.
Na verdade, o feminino sempre despertou curiosidade e foi objeto de estudo na Psicanálise desde Freud.
 Em 1905 - Em "O Caso Dora", Freud especula de que forma a mulher escolhe seu objeto amoroso;
 1919 - Freud investiga a homossexualidade feminina e refere que o objeto da menina também é a mãe.
 1923 – Freud em “Organização Genital Infantil”, propõe a noção de Falo. 
1925 – Fala das consequências psíquicas das diferenças anatômicas. Segundo Freud, se nasce macho ou fêmea e o tornar-se masculino ou feminino acontece pelas identificações. Todo sexo é basicamente masculino e fálico e as diferenças acontecem pela Resolução do Complexo de Édipo.
1932 – Feminilidade:  A construção desta teoria a partir da relação da menina com a mãe que seria anterior à relação com o pai.
LACAN sugere que o amor da mulher seria *Erotomaníaco: as mulheres não amam desejam ser amadas.
 ( *Tipo Erotomaníaco: aplica-se quando o tema central do delírio diz respeito a ser amado por outra pessoa. O delírio envolve um amor romântico e união espiritual idealizada, ao invés de atração sexual - DSM  - Transtorno Delirante).
Já o amor masculino é *Fetichista. ( *Fetichismo é a tendência erótica para coisas inanimadas que, direta ou indiretamente estão em contato com o corpo humano ou para determinadas partes do corpo da pessoa amada).
O que deseja a MULHER? Sua função é ser o FALO, o ser que completa o Homem. Ela serve para o masculino negar sua castração. Em FREUD, a Mulher é um Homem castrado e busca na maternidade a completude fálica:  Filho - Pênis - Falo. 
Já a partir dos anos 70, a PSICOPATOLOGIA muda do Desejo para o Gozo.
Em LACAN então há uma singularidade do Gozo Feminino -  um gozo exclusivo da mulher.
 A Teoria dos Gozos orienta a  sua teoria. Ele fala sobre a condição erótica da mulher para quem todo parceiro sexual representa sempre o amante castrado, ou o homem morto.
 A Mulher para amar um Homem  precisa castrá-lo.
LACAN fala da Mulher  como Objeto, em *TELEVISION -  a Mulher que se satisfaz em se oferecer como objeto de fantasia masculina e como SINTHOME.
 (* TELEVISION: “Todas as mulheres são loucas, mas não loucas de todo, porque Elas são não - todas”). 
 “A MULHER NÃO EXISTE”, trata-se da leitura de uma lógica quântica (que lida com o particular e com o universal). Precisa-se entender a definição de Cultura entre FREUD e LACAN. 
Em FREUD, a Teoria  do Recalque  leva à Sublimação do Desejo, da Pulsão Sexual, a cultura como consequência do recalque leva o sujeito a buscar atos socialmente aceitos.
Segundo J. MILLER, LACAN faz da cultura uma espécie de marxismo modificado, o que regula os mecanismos sociais é a mais-valia, o mais-de-gozar, (gozo fálico - substituição do significante). A sociedade moderna é condicionada pelo gozo, mais-de-gozar do consumismo. O gozo é sentir-se completo com o objeto, a condição do gozo, estaria baseada nas trocas objetais. Assim LACAN fala da mulher como objeto de troca. O discurso capitalista é comprar para gozar.

 Agora uma tentativa de leitura para a * fórmula quântica da sexuação:

 



































Existe um x para qual a função de fi (falo simbólico) é negada. Ou seja, existe um homem para quem a lei fálica, a lei da castração, da interdição, não está inscrita.
 Esse é o homem que Freud tratou no texto Totem e Tabu, correspondente ao pai da horda primitiva, o único homem que gozava de todas as mulheres do bando, ficando aos demais homens a interdição às mulheres.
 Para que os demais pudessem ter acesso às mulheres deveriam matar seu algoz,  entretanto, a liberdade em excesso acaba sendo opressiva, erguem em seu lugar um totem que lhes servirá como indicador da exogamia como regra.
 Esse "assassinato originário" é, para Freud, o fundamento da história e também o da religião.
Já o enunciado: para todo x a função fi (falo) de x é verdadeira, trocando em miúdos, para todo sujeito a castração/ interdição é verdadeira.
Todo homem está submetido a impossibilidade de cometer o incesto.
As fórmulas até aqui anunciadas são  complementeres, sendo que uma convoca a outra o que caracteriza uma sincronicidade, se todos são iguais só o são perante um totem, o não castrado, esse último elemento pode ser substituído por algo que determina o interdito, na religião, por exemplo, Deus.
Lacan usou o termo "homenosum", quer dizer, "ao-menos-um",  ao matar o "homenosum", um totem é erguido em seu lugar, ao derrubar um totem, outro surge em seu lugar.

Agora o campo oposto, a mulher:
DO LADO DIREITO, TEM A INSCRIÇÃO DA PARTE MULHER DOS SERES FALANTES. Enquanto do lado do homem temos o campo do Um, do lado da mulher situa-se o Outro.
Esse outro é representado por Lacan com a letra A e uma barra que a corta.  Se é barrado, é não-todo.
 Primeiramente a fórmula, lê-se não existe um x que não seja função de falo de x, não existe nenhuma mulher que não esteja inscrita pela castração, ao falo.
 Em outras palavras, todas as mulheres, sem exceção, estão submetidas à Lei, pois no conjunto das mulheres falta aquela que seria o representante do ao-menos-um do homem, falta Uma que esteja de fora e as organize.
 É desta noção que surge mais um dos aforismos de Lacan onde diz que "as mulheres não fazem classe" ou "a mulher é fora da lei".
 Quer dizer que,  para não todo x existe a função do falo de x, como não existe uma mãe totêmica fora da castração, esta falta pressupõe também que não existe um sexo que não tenha como referência o falo, a mulher está, portanto, não-toda assujeitada a Lei.
 O falo falha em dizê-la toda, só o falo não indica exatamente o que ela é. Isto quer dizer que, apesar de toda mulher estar submetida ao falo, a mulher não está toda-inteira na função fálica.
 LACAN propõe a *fórmula quântica da sexuação para focalizar o campo do gozo, o gozo para além da linguagem, para além do falo, denominado O OUTRO GOZO.
E sublinha o impossível do universal da mulher.
 Ao teorizar "A MULHER NÃO EXISTE",  ele postula que a questão do feminino não está na anatomia, mas na posição fálica.  Para a mulher há um mais além do falo e nem tudo está relacionado com o gozo fálico,  pois não há um significante que a define, ela não está toda referenciada ao falo porque está no ser ela,  se apresenta como um 'parecer' ser o falo.
Lacan vai qualificar o amor como uma tentativa de suprir a impossibilidade da relação sexual.
Dessa forma, ele nasce sob o signo do impossível, prometendo que o sentido sexual vai parar de não se inscrever na contingência do encontro e vai se tornar necessário. Mas não é o que acontece. O AMOR NÃO SUSTENTA SUAS PROMESSAS, logo os amantes descobrem que o prazer do amor não dura mais que alguns instantes e que pesa sobre eles ao risco de ficarem mortalmente feridos ao invés de fascinados, ainda assim UM HOMEM CRÊ DESEJAR e uma MULHER CRÊ AMAR.

Referência Bibliográfica:
GERBASE, Jairo. A hipótese de Lacan sobre A mulher. Disponível em http://www.campopsicanalitico.com.br/biblioteca/conferencia_Gerbase_revisao_JG.pdf,
RODRIGUES, Pedro L. de L. Fórmulas da sexuação. Disponível em veredas.traco-freudiano.org/veredas-8/txt-pedro.doc,
 LACAN, Jacques. O PARADOXO DO GOZO, in: O SEMINÁRIO VII: A Ética da Psicanálise (1959/ 1960). R.J. Jorge Zahar, 1997.
 LACAN, Jacques. SEMINÁRIO VII: Satisfação da Pulsão, Gozo Mítico. Gozo como formas de ilusão de completude – pelo significante e pelo objeto. Semblante de satisfação da Pulsão pelo Significante.
 LEITE S. Márcio Peter – Ensino Continuado/ 1997 - USP/ A Feminilidade.
 MILLER, J. A Lógica da Vida Amorosa.
LACAN, Jacques. O Seminário XX, Mais, Ainda, Jorge Zahar Editor, RJ-1996.
LACAN, J. Le Séminaire: Encore. Paris: Seuil, 1975. Livre 20.
______. Le Séminaire: Le transfert. Paris: Seuil, 1991. LivreVIII
______. L’étourdit. In: ______. Scilicet. Paris: Seuil, 1973. n. 04.
( Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

domingo, 6 de maio de 2012

"Existem manhãs em que abrimos a janela e temos a impressão que o dia está nos esperando."

"A alma toma cá um banho de preguiça aromatizado pela saudade e pelo desejo. - É algo crepuscular, azulado e rosado; um sonho voluptuoso durante um eclipse." (Charles Baudelaire)