Arquétipo: Uma imagem carregada de energia, um ícone com magia, magia que vai além do indivíduo.
Que arquétipo personaliza o Papai Noel? Remete as memórias profundas do “Bom Pai”, o velhinho bondoso e gentil. Evoca lembranças da figura paterna que em algum momento nos foi reconfortante o suficiente.
A Criança Divina: "Não temas, pois eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todos os povos". (Lucas 2:10)
Leonardo da Vinci - The Madonna and Child
Entre as muitas figuras que podem surgir do inconsciente, está a figura da criança divina.
A criança divina se manifesta em nossa consciência quando menos esperamos, quando nos sentirmos desamparados é como um potencial nascido do ventre do inconsciente.
Jung refere como os alquimistas diriam em resposta a essa questão: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”.
A criança pode aparecer em sonhos, ou emergir sincronicamente de alguma outra forma na experiência exterior.
O filho divino representa a união criativa de opostos que dá origem a um novo começo.
Cada novo começo é uma criança divina, e as revelações mitológicas desde os tempos antigos saúdam o novo potencial psíquico com admiração e adoração.
O nascimento milagroso assinala a iniciação na individuação, e o destino preordenado de figuras sagradas e heróicas através das culturas e ao longo do tempo também nos representam.
Modelos como Moisés, Menino Jesus, Buda, Hércules, Hórus, Ganesha e outros, retratam um Eu Orientador que os sustenta através do árduo trabalho humano de crescer em direção à totalidade.
Jung assim define: “Você abre os portões da alma para permitir que a inundação sombria do caos flua em sua ordem e significado. Se você unir a ordem com o caos, você produzirá o filho divino, o significado supremo…”