sábado, 27 de agosto de 2011

Ψ O Homem Que Confundiu Sua Mulher Com Um Chapéu...

     imagem: salvador perez bassols - Espanha/ 1948




 














Ψ Certo episódio esquizofrênico começou com o desespero de um paciente cujo chapéu novo não lhe assentava bem.

No decorrer da Análise ele refere que se sentia diferente quando o usava, acreditando que a forma da cabeça era alterada pelo chapéu.

Sua imagem corporal estava distorcida.

Tinha medo de que havia alguma coisa errada com sua cabeça.

 Isso se manifestava na preocupação exagerada com as roupas e reações exacerbadas com as sensações corporais.

Segundo OBERNDORF, existem casos em que a incerteza em relação aos sentimentos corporais resulta de incerteza em relação ao próprio sexo do paciente.

Nos estádios de estranhamento, reações defensivas contrabalançam o aumento da catexia narcísica do corpo.

 Na despersonalização se passa o mesmo pela intensificação das catexias narcísicas dos processos mentais.

Na responsabilização, há repressão de sentimentos ou conceitos sobrecarregados.

O paciente enquanto se observa percebe a ausência da plenitude dos seus sentimentos, tal qual uma pessoa que percebe a ausência de um nome esquecido tendo na ponta da língua.

 As experiências de estranhamento e despersonalização resultam de um tipo especial de defesa, uma contracatexia contra os sentimentos do próprio indivíduo, os quais haviam sido alterados e intensificados por acréscimo anterior do narcisismo.

Os resultados deste acréscimo são percebidos como desprazerosos pelo ego que por conseguinte, põe em prática medidas defensivas contra eles.

Medidas que às vezes, consistem em retirada ativa da libido, em geral é uma contracatexia que as edifica.

 O aumento da auto-observação e o sentimento de que as sensações ausentes ainda existem tal qual o nome esquecido, são a manifestação clínica desta contracatexia.

SCHILDER, enfatizou que ”aqueles que sofrem de despersonalização não são carentes de sentimentos; os pacientes apenas percebem, vindo de dentro, uma posição às suas próprias experiências.

A intensificação da auto-observação é que manifestamente exprime esta oposição de maneira que temos na despersonalização duas direções conflitantes a saber: A direção para os sentimentos de sensações corporais e a direção contra os mesmos.

O órgão que porta a catexia narcisística é aquele que mais sujeito está à despersonalização.

O acréscimo do narcisismo não é em todos os casos de despersonalização, necessariamente tão intenso quanto numa esquizofrenia incipiente.

Como sintomas de tentativas no sentido de rejeitar sentimentos e sensações censuráveis, as despersonalizações também ocorrem fora da esfera da esquizofrenia, podendo exprimir defesa contra sentimentos de excitação, em particular, contra uma curiosidade muito forte, ou contra um certo tipo de pensamento.

O que se disse dos sentimentos de estranhamento e despersonalização, isto é, que representam reação do ego à percepção do aumento da libido narcísica, também se pode dizer da perplexidade geral do esquizofrênico, do seu sentimento de que tudo mudou.

Todos estes sintomas iniciais resultam de uma percepção interna da regressão narcísica e dos deslocamentos libidinais que a acompanham.

Bibliografia: FENICHEL, Otto – Teoria Psicanalítica das Neuroses. Livraria Atheneu – R.J - S.P/ 1981


 SUGESTÃO de leitura: SACKS, Oliver – O Homem Que Confundiu Sua Mulher Com Um Chapéu.
 O livro, dividido em quatro partes, trata da perda de funções neurais, de procedimentos excessivos manifestados pelos enfermos, de doentes que se transportam para realidades imaginárias e, também, do mundo simples e concreto daqueles que são vítimas de distúrbios neurológicos. Relatos sobre a fragilidade humana, da felicidade da superação e da tristeza da perda irrecuperável... acompanhadas pelo médico neurologista Dr Sacks. Casos como da jovem que perdeu o controle do seu corpo, como se ela não tivesse músculos funcionais ou ossos. Um homem que retém memórias somente até 1945, e é incapaz de conter novos fatos. Um paciente incapaz de reconhecer um objeto por completo, apenas seus detalhes. E o homem que ao tentar pegar seu chapéu, pega a cabeça de sua esposa.
(Fatima Vieira- Psicóloga Clínica)

Ψ Reabilitação Neuropsicológica

Ψ EXAME e PROGRAMA de REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
 O Exame NEUROPSICOLÓGICO é complemento importante para o EXAME NEUROLÓGICO, as principais Áreas Cognitivas avaliadas são: INTELIGÊNCIA GLOBAL; MEMÓRIA VERBAL e VISUAL (Aquisição, Retenção e Evocação); MEMÓRIA IMPLÍCITA, CAPACIDADE de APRENDIZADO NOVO; ATENÇÃO (Amplitude, Rastreamento, Seletividade, Alternância e Sustentação); LINGUAGEM EXPRESSIVA e RECEPTIVA; VOCABULÁRIO; FLUÊNCIA VERBAL FONÉTICA e SEMÂNTICA; CÁLCULO; ABSTRAÇÃO; PLANEJAMENTO; HABILIDADES VÍSUO-PERCEPTIVAS e VÍSUO-CONSTRUTIVAS, PRAXIA; AGNOSIA; DESTREZA VÍSUO-MOTORA; TATO; FORÇA MUSCULAR; NÍVEL de CONHECIMENTOS GERAIS; FLEXIBILIDADE COGNITIVA (Capacidade de formular hipóteses e modificá-las).
REABILITAR significa restituir ao estado anterior, restaurar a normalidade ou mais próximo desta, a forma e a formação do organismo após o trauma ou doença. Técnicamente, a REABILITAÇÃO pode ser definida como um processo de mudança ativa, com o objetivo de capacitar ideais de funcionamento FÍSICO, PSICOLÓGICO e SOCIAL.
A REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA, tem como objetivo ajudar pacientes e familiares a conviver ou superar as deficiências cognitivas e as limitações emocionais e sociais, proporcionando melhora na qualidade de vida. Com o avanço da NEUROCIÊNCIA, o diagnóstico de dano cerebral tornou-se cada vez mais preciso através da TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA, IMAGEM de RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (IRM), ANGIOGRAFIA e outros procedimentos. O desenvolvimento a partir desses estudos, permite um desvio no foco da Avaliação NEUROPSICOLÓGICA do Diagnóstico de possível dano cerebral para um melhor entendimento das relações específicas cérebro-comportamento e das consequências psicossociais de dano e/ ou DISFUNÇÃO CEREBRAL.  
Bibliografia KRISTENSEN, C. H.; ALMEIDA, R. M.; GOMES, W. B. Desenvolvimento histórico e Fundamentos Metodológicos da N europsicologia Cognitiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001.
CAMBIER, J.; MASSON, M.; DEHEN, H. Manual de Neurologia. São Paulo: MEDSI, 1999.
BARBIZET, J.; DUIZABO, P. Manual de Neuropsicologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. São Paulo: Atheneu, 1986. 

(Fatima Vieira - Psicóloga Clínica) 

Ψ Terapia Cognitivo Comportamental

Ψ A ATIVIDADE COGNITIVA influencia o COMPORTAMENTO, ela pode ser monitorada e alterada. O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva.
 Trata-se de uma Terapia Focal que segue modelo teórico que estipula e aponta cognições disfuncionais nos Transtornos Psicológicos. Focaliza-se no exame e na correção nos três níveis de cognição: PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS, PRESSUPOSTOS SUBJACENTES e CRENÇAS NUCLEARES (também chamadas de esquemas); É SOCIOEDUCATIVA; UTILIZA TÉCNICAS COGNITIVAS e COMPORTAMENTAIS para modificar PENSAMENTOS, HUMOR e COMPORTAMENTOS.
Um evento do cotidiano pode gerar diferentes formas de sentir e agir em diferentes pessoas, mas não é o evento em si que gera as emoções e os comportamentos, e sim o que nós pensamos sobre o evento. Nossas emoções e comportamentos estão influenciados pelo que pensamos. Nós sentimos o que pensamos, os quais geram, as emoções e os comportamentos. As distorções cognitivas podem levar os indivíduos a conclusões equivocadas. Mesmo quando sua percepção de situação está acurada. O objetivo da TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL é corrigir as distorções do pensamento. Há uma interação recíproca de Pensamentos, Sentimentos, Comportamentos, Fisiologia e Ambiente. O trabalho da TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL inicia com a Avaliação e Modificação dos Pensamentos, porque a Alteração destes pode gerar um impacto em os outros componentes.
Referência Bibliográfica: KINGSLEY, R.E. Manual de Neurociência. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2001.
KRISTENSEN, C. H.; ALMEIDA, R. M.; GOMES, W. B. Desenvolvimento histórico e Fundamentos Metodológicos da N europsicologia Cognitiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 14,n. 2, p. 259-274, 2001

MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. São Paulo: Atheneu, 1986.

(Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

Ψ Neuropsicologia Promove Saúde, Previne e Reabilita


Ψ CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA PARA A PSICOLOGIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL E A NEUROPSICOLOGIA: A NEUROCIÊNCIA procura obter uma visão integrada do funcionamento humano que prevê a integração do funcionamento entre os grandes sistemas orgânicos, estados fisiológicos, cognitivos, razão e emoção. Investiga-se a importância de respostas emocionais e do comportamento verbal para a expressão de respostas tidas como racionais e para a seleção do repertório comportamental verbal e não verbal. Já se tem conhecimento de como o indivíduo percebe os sentimentos e emoções, essenciais ao procedimento na TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL, principalmente nos Transtornos Neuro Psiquiátricos. As pesquisas em NEUROCIÊNCIAS fornecem subsídios para o melhor entendimento das bases neurobiológicas das PSICOPATOLOGIAS.

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL - NEUROCIÊNCIA e o DIÁLOGO MENTE e CÉREBRO:
 A complexidade do cérebro e da cognição humana diante de um trauma leva à necessidade da participação de diversas áreas para que se possa compreender não só "onde está a lesão", mas também "o que" da cognição deve ser recordado, ainda "como" as estruturas neurais processam e são processadas por esta cognição e "como" e "porque" reabilitar o paciente com distúrbios cognitivos.

O que faz a NEUROPSICOLOGIA? A NEUROPSICOLOGIA é uma ciência que inclui a PROMOÇÃO DA SAÚDE, a PREVENÇÃO da DOENÇA e a REABILITAÇÃO em todas as idades e em qualquer fase do ciclo da vida do indivíduo. Estuda as Funções Cognitivas como a MEMÓRIA, a LINGUAGEM, a CAPACIDADE de RESOLUÇÃO de PROBLEMAS; AS ALTERAÇÕES: AFASIAS/ AGNOSIAS AMNÉSICAS e APRAXIAS; ATIVIDADES CONSTRUTIVAS (Execução de Tarefas Complexas/ Realização de Atos Construtivos em Sequência, Tarefas Psicomotoras); HABILIDADES VÍSUO-ESPACIAIS: Análise e Julgamento de Relações Espaciais, Reconhecimento e Memorização de Figuras Complexas; ATENÇÃO SUSTENTADA e SELETIVA; PERCEPÇÃO do TEMPO e ORGANIZAÇÃO TEMPORAL; FUNÇÕES EXECUTIVAS (Identificação e Resolução de Problemas Novos, Elaboração de Estratégias de Ação, Execução de Tarefas Sequenciais); FUNÇÕES CONCEITUAIS: Formação de Conceitos: Desenvolvimento do Raciocínio e Pensamento Lógico e Habilidades Aritméticas.
Bibliografia: KINGSLEY, R.E. Manual de Neurociência. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2001.
KRISTENSEN, C. H.; ALMEIDA, R. M.; GOMES, W. B. Desenvolvimento histórico e Fundamentos Metodológicos da N europsicologia Cognitiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 14, n. 2, p. 259-274, 2001.
CAMBIER, J.; MASSON, M.; DEHEN, H. Manual de Neurologia. São Paulo: MEDSI, 1999.
BARBIZET, J.; DUIZABO, P. Manual de Neuropsicologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. São Paulo: Atheneu, 1986. 

(Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

Ψ Plasticidade Cerebral


Ψ Plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.
Há alguns anos atrás, admitia-se que o tecido cerebral não tinha capacidade regenerativa e que o cérebro era definido geneticamente (programa genético fixo).
No entanto, não era possível explicar o fato de pacientes com lesões severas obterem, com técnicas terapêuticas, a recuperação da função.
Estudos mostram que o cérebro é muito mais maleável do que até então se imaginava, modificando-se sob o efeito da experiência, das percepções, ações e comportamentos.
Logo,
pode-se referir que a relação que o ser humano estabelece com o meio produz grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a vida.
A Reabilitação do Cérebro Lesionado pode promover a reconexão de circuitos neuronais danificados. Quando há uma pequena perda de conectividade neuronal, esta tende a ser recuperada de uma forma autônoma.
 No entanto, quando essa perda é de maior grau, tenderá a tornar-se uma perda permanente, daí a impossibilidade de recuperar certas funções depois de determinados acidentes ou doenças provocarem elevados danos neurológicos.
Plasticidade Sináptica As SINAPSES são conexões especializadas que permitem transmitir informação entre os neurônios. São estruturas dinâmicas que moldam o fluxo de informação do circuito nervoso. A plasticidade sináptica consiste na capacidade de rearranjo por parte das redes neuronais. Ou seja, perante cada experiência nova do indivíduo, as sinapses são reforçadas, permitindo a aquisição de novas respostas ao meio ambiente.
Nesta perspectiva, a plasticidade sináptica constitui um dos mecanismos mais importantes da plasticidade cerebral, permitindo que uma lesão ao nível da transmissão de informação neuronal seja recuperada através da criação de outras redes neuronais que possam substituir os danos causados pela lesão.
BIBLIOGRAFIA: KINGSLEY, R.E. Manual de Neurociência. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2001.
CAMBIER, J.; MASSON, M.; DEHEN, H. Manual de Neurologia. São Paulo: MEDSI, 1999.
BARBIZET, J.; DUIZABO, P. Manual de Neuropsicologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. São Paulo: Atheneu, 1986.

(Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

domingo, 7 de agosto de 2011

deste-me o prazer dos teus olhos...

imagem: Portinari
Estranho que por mim passas!
não sabes com que anseio meus olhos te fitam,
Porque és aquele que eu procuro, (como se fora um sonho), 
Tenho a certeza que, n'alguma parte,
alegremente vivi contigo, 
Recordo, ao nos cruzarmos, tudo, fluido, afectuoso, casto, calmo, cresceste comigo,
Comi contigo, dormi contigo, o teu corpo não ficou só teu, nem o meu corpo só meu, 
Deste-me o prazer dos teus olhos, do rosto, da carne,
Não me cumpre falar-te, eu sou quem existe para pensar em ti, quando fico sozinho ou de noite acordo, 
Eu sou quem deve esperar, seguro de voltar a encontrar-te,
Eu sou quem deve cuidar de não te perder para sempre. (Walt Whitman)
                                                                                                                                                                    Fatima Vieira

para quem tem fome de beleza


buscai o ar fresco...


dia dos pais

" Se um dia vocês tiverem de ler esta carta, será porque não estou mais entre vocês.
Vocês quase não se lembrarão de mim, e os menores não se lembrarão de nada em absoluto.
Seu pai foi um homem que agiu de acordo com suas próprias crenças e sem dúvida foi fiel ás suas convicções. Cresçam como bons revolucionários.
Estudem muito para serem capazes de conhecer técnicas que permitem dominar a natureza.
Lembrem-se de que a Revolução é que é importante e que cada de nós, sozinhos, não vale nada.
Acima de tudo, procurem sempre sentir profundamente qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.
É a mais bela qualidade de um revolucionário.
Até sempre, filhinhos. Ainda espero vê-los de novo. Um beijo e um abraço apertado do Papa!"
(Ernesto Che Guevara)

(...)

sábado, 6 de agosto de 2011

... ela era suave e terna

sobre amor e paixão

"No amor há fascinação pelo objeto; na paixão há servidão (do sujeito em relação ao objeto)".






  


 "A paixão é uma doença por intoxicação ou por deformação que precisa de um médico interno ou externo da alma, o qual, todavia, não sabe em geral prescrever uma cura radical..." (Kant)
 "O objeto de teu amor não existe: esta sombra que vês é o reflexo da tua imagem,  
(...) ela não é nada em si, é de ti que ela surgiu, é em ti que ela persiste, tua partida a haveria de dissipar, se tivesses a coragem de partir”. (Ovídio - Metamorfoses)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

... viver me tira o sono!

"Viver me deixa tão impressionada, viver me tira o sono".
"Viver é meu código e meu enigma, o perigo é o que torna preciosa a vida. A morte é o perigo constante da vida".
"Estar viva está me matando aos poucos e eu estou toda alerta no
escuro".
"Fico às vezes reduzida ao essencial, só o meu coração bate".
"Cuide-se como se você fosse de ouro, ponha-se você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se".
"Ando de um lado para o outro dentro de mim".
"Estou bastante acostumada a estar só, mesmo junto dos outros".
"Quando me sinto feliz parece que sou outra... tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a esperança é a última que morre".
"Minha alma tem o peso da luz, da música, da palavra nunca dita e da lágrima que não se chorou".