quinta-feira, 20 de abril de 2023

Ψ 'A Criança, sua "Doença" e os Outros'

No livro 'A Criança, sua "doença" e os Outros', Mannoni tenta esclarecer o "mal-estar" da família quando procura um psicoterapeuta referindo praticamente dois tipos de discursos:

1 - O discurso fechado, em que há uma recusa à experiência psicoterapêutica.  Dá-se um discurso diante do analista, em vez de para o analista. Os pais buscam uma confirmação da irrecuperabilidade do quadro.
O desejo inconsciente fatal de que a criança permaneça doente. O drama aqui não é a doença, mas a existência dos pais. Os pais dirigem-se ao analista para falar de si próprios. O passado da criança é reordenado não para fazer dele surgir um sujeito, mas para fixá-lo. O analista é situado no lugar de cúmplice de sua mentira. Não há lugar para o terceiro. Nestes casos se nota como o genitor patogênico constitui o seu próprio ideal do eu. As intervenções aqui podem provocar a paralisação do tratamento.

2 - O discurso de drama, em que há um pedido de ajuda. A análise é então possível, e o tratamento consistirá em encontrar, na palavra do adulto, o que marcou a criança no plano do corpo.

Para Rosenfeld, na fase aguda da doença, todas as técnicas psicoterapêuticas, sejam quais forem as referências teóricas, alcançam sucesso. É na fase crônica silenciosa que o sucesso depende de como ela é manejada.

Para que serve a psicoterapia de crianças e adolescentes?
A psicoterapia infantil pode ser particularmente útil na profilaxia e no tratamento de uma série de problemas emocionais e comportamentais:
• Depressão
• Ansiedade
• Auto-mutilação
• Dificuldades de apego, incluindo crianças cuidadas e adotadas
• Problemas comportamentais, incluindo criminalidade e uso de substâncias químicas.
• Dificuldades com amigos e colegas, incluindo bullying, cyberbullying
• Distúrbios alimentares
• Identidade de gênero
• TDAH
• Autismo
• Distúrbios comportamentais ou conflitos na área sexual
• Baixa autoestima/confiança
• Problemas de aprendizagem e concentração/ atenção
• Dificuldades nos relacionamentos interpessoais/ apego/ vínculos
• TOC
• Fobias
• Atraso no desenvolvimento
neuropsicológico
• Traumas e Estresse pós traumático, separação/ perda/ luto

Como ocorre a primeira Avaliação Psicológica?

Para avaliação, a criança/adolescente é inicialmente atendida com seus pais/ familiares/ responsáveis, para que o terapeuta obtenha o máximo de compreensão possível sobre o problema ou dificuldade. Em algumas situações, os pais podem querer ser vistos separadamente como parte do processo de avaliação para explorar quaisquer preocupações que possam ter. O trabalho individual com os pais pode facilitar a verbalização de suas lutas cotidianas e oferecer uma oportunidade de refletir sobre seus estilos parentais e suas próprias experiências como pais em um ambiente confidencial. Pode envolver a identificação de gatilhos ou padrões de comportamento e formas de relacionamento que possam estar afetando negativamente o vínculo com o filho. Ao final da Avaliação é apresentado um feedback aos pais, psicodiagnóstico e sugestão quanto a periodicidade dos encontros dando início à psicoterapia.

Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica 

                                            http://fatimavieira.psc.br/

sábado, 8 de abril de 2023

A morte é uma nova vida


Hulton Collection - Hulton Archive -  Getty Images

"Este é o trabalho de uma vida, aqui na terra: inventar o corpo astral, criá-lo, dando-lhe a nossa consciência. Assim, a pessoa sobreviverá à morte. Pode-se também morrer quando se quer... E ao morrer, não perder a consciência 'daqui'.
O que acontece neste processo é um desprendimento de seu corpo astral enquanto seu corpo físico dorme. É um processo inconsciente automático. Às vezes, por simples acaso, um vislumbre de consciência chega a este belo corpo e então, ao acordar repentinamente ou no dia seguinte, tem-se a impressão de estar experimentando algo muito mais real do que a realidade física. O déjà-vu que referem os psicólogos tem sua explicação neste fenômeno de distanciamento.
(...) O corpo astral se desprende, ainda preso ao corpo físico por um cordão chamado  'cordão de prata', que só é cortado na morte. Graças a este cordão podemos percorrer distâncias imensuráveis ​​sem perder a conexão com nosso corpo físico. Ele sempre retorna. 
(...) Preste atenção a esta analogia: assim como uma criança se encontra ligada à mãe pelo cordão umbilical, o corpo astral está unido ao pai, o corpo físico, por um cordão de prata. A criança chora e se desespera ao nascer, quando o cordão que o liga à mãe é cortado. Ele pensa que isso é a morte, mas é uma nova vida. O mesmo acontece quando se morre; quando o cordão de prata é cortado, entra-se em outra vida. A morte é uma nova vida. Tudo isso é arquetípico. Apenas aqueles eventos que expressam arquétipos têm realidade ontológica. (Miguel Serrano)

Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica 

                                            http://fatimavieira.psc.br/