quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Ψ Amor Líquido - Zygmunt Bauman

 Assim refere Bauman: "Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar”.

*Tudo é efêmero. Na modernidade líquida, as transformações são cada vez mais velozes, ... e surge  medo do comprometimento, o “amor líquido”.

*O amor líquido é caracterizado pelo descartável, pela substituição frenética e compulsória das relações. 

 *Amor líquido se define a partir do padrão dos bens de consumo.

*O amor vira produto de troca e  de fácil acesso, sempre existindo algo novo que precisa ser "comprado".

*Na sua forma “líquida”, o amor tenta substituir a qualidade por quantidade. 

*É bom lembrar que o amor não é um “objeto encontrado”, mas um produto de um longo e difícil esforço e de boa vontade.

*A era da globalização da informação e da internet  trouxe uma espécie de interação superficial entre as pessoas, na qual o virtual passou a ser mais importante - por ser mais confortável do que a realidade - do que o real

*Os contatos online têm uma vantagem sobre os offline: são mais fáceis e menos arriscados o que muita gente acha atraente. Eles tornam mais fácil se conectar e se desconectar.
*Casos as coisas fiquem “quentes” demais para o conforto, você pode simplesmente deletar, sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, sem censuras ou culpa.
 
*Atrás do seu laptop ou iPhone, com fones no ouvido, você pode  cortar os   desconfortos do mundo offline.
 
*O contato via rede social tomou o lugar de boa parte das pessoas, cuja marca principal é a ausência de comprometimento.
 
*É assim que funciona com as relações nas redes sociais. Trouxemos essa função para a vida real.
 Natalie Holland
*Conectar e desconectar tornou-se a nova forma de relação. Estamos conectados até o momento em que algo falha, daí o caminho mais fácil é desvincular totalmente.

*Mas não há almoço grátis, como diz um provérbio inglês: se você ganha algo, perde alguma coisa
.
*Entre as coisas perdidas estão as habilidades necessárias para estabelecer relações de confiança, para o que der vier, na saúde ou na tristeza ... 

*A necessidade de solidificar relações está suspensa, os contatos estão cada vez mais superficiais.


*Relações cujos encantos você nunca conhecerá a menos que pratique.
 
"É um mundo de incertezas. E cada um por si. Nossos ancestrais eram esperançosos: quando falavam de ‘progresso’, se referiam à perspectiva de cada dia ser melhor do que o anterior. Nós estamos assustados: ‘progresso’, para nós, significa uma constante ameaça de ser chutado para fora de um carro em aceleração”, afirma Barman.
Fonte: Bauman, Zygmunt  - "Vidas Desperdiçadas" e "Modernidade Líquida".
http://www.istoe.com.br/assuntos/entrevista/detalhe/102755_VIVEMOS+TEMPOS+LIQUIDOS+NADA+E+PARA+DURAR

Ψ Fatima Vieira - Psicóloga Clínica