sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Em tempo algum teve um tranquilo curso o verdadeiro amor... (Sonhos de uma noite de Verão)

imagem: mavliam

- William Shakespeare nasceu em Stratford-upon-Avon, 1564/ 1616. (As histórias sobre a morte de Shakespeare não são comprovadas. O registro de seu sepultamento data de 25 de abril de 1616, quando acabara de completar 52 anos).
- Seus pais chamavam-se John Shakespeare e Mary Arden. William era neto de fazendeiros, e seu pai era um próspero comerciante de couros. Foi o terceiro filho, as duas irmãs mais velhas morreram ainda crianças. Londres e as regiões próximas, à época, eram constantemente assoladas por epidemias de peste.
- Casou-se com Anne Hathaway, oito anos mais velha que ele. Anne estava grávida de três meses, e William, que estava com dezoito anos de idade, precisou de uma autorização especial para se casar, provavelmente na Temple Gafton Church.
- Antes de completar 21 anos William já era pai de três crianças, um casal de gêmeos.
- Em 1594 Shakespeare ingressou na companhia teatral de Lord Chamberlain, que mais tarde, no reinado de James I, receberia o nome de King’s Men (Homens do Rei). Shakespeare permaneceu nessa companhia teatral até o final de sua carreira em Londres. Presume-se que como ator, ele tenha representado o papel de personagens idosos, como o fantasma em Hamlet e o velho Adam em As You Like It (comédia de 1599).
- Em 1596 a família de Shakespeare recebeu um brasão de armas, e em 1597 a condição financeira de William lhe permitiu adquirir uma imponente residência em Stratford, onde ele viveria até o fim da vida.
- Em 1599 tornou-se um dos sócios-proprietários do Globe Theatre, e em 1608 também foi sócio do Blackfriars Theatre. Em 1613 Shakespeare se aposentou e retornou a Stratford, depois que ocorreu um incêndio no Globe durante uma apresentação.
- O trabalho inicial de Shakespeare para o teatro foi interrompido por uma epidemia de peste em Londres que levou as autoridades a fechar os teatros.
- Apoiado por Henry Wriothesley, prestigiado conde de Southampton, ele escreveu dois poemas narrativos eróticos: Vênus e Adônis, em 1593; O Rapto de Lucrécia, em 1594; além de 154 sonetos publicados em 1609.
- A obra dramática de Shakespeare junta uma visão poética e refinada com um forte caráter popular, no qual os assassinatos, as violações, os incestos e as traições são os ingredientes mais leves para o divertimento do público.
- Assim como nos conduz aos limites da eternidade. Shakespeare remete-nos para o comum da Humanidade. Ante o cadáver de Cordélia, o Rei Lear, atormentado pela dor, exclama: “Como é possível que um cão, um cavalo e um rato tenham vida, enquanto tu jazes inerte?”. No auge do seu desespero, diz: “Não voltarás mais”. E acrescenta: “Nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca mais!”. Em seguida, o dique que represava sua angústia cede com este pedido prosaico: “Por favor, desaperta-me este botão”.

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Bibliografia: Complete Works of William Shakespeare, Wordsworth Edition Limited, Hertfordshire, England, 1996. – Charles Boyce. Shakespeare A to Z: The Essential Reference to His Plays, His Poems, His Life and Times, and More. New York: Facts on File, 1990.

soneto18 - William Shakespeare

William Blake - sonho de uma noite de verão
Como hei de comparar-te a um dia de verão?
És muito mais amável e mais amena:
Os ventos sopram os doces botões de maio,
E o verão finda antes que possamos começá-lo:
Por vezes, o sol lança seus cálidos raios,
Ou esconde o rosto dourado sob a névoa;
E tudo que é belo um dia acaba,
Seja pelo acaso ou por sua natureza;
Mas teu eterno verão jamais se extingue,
Nem perde o frescor que só tu possuis;
Nem a Morte virá arrastar-te sob a sombra,
Quando os versos te elevarem à eternidade:
Enquanto a humanidade puder respirar e ver,

Viverá meu canto, e ele te fará viver.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

soneto 22 - William shakespeare


... ah, então, meu amor, sê cuidadosa
Como eu, não por mim, mas por tua vontade;
Carregando teu coração, que guardarei comigo,
Como a ama que protege seu bebê querido.
Não penses em teu coração quando o meu fenecer;
Tu me deste o teu para nunca mais o devolver.
(soneto 22 - shakespeare)
update:  do Livro: "154 Sonetos", Ibis Libris, 2009. Tradução
Theresa Christina Rocque da Motta

soneto 12 - William Shakespeare

Quando conto as horas que passam no relógio,
E a noite medonha vem naufragar o dia;
Quando vejo a violeta esmaecida,
E minguar seu viço pelo tempo embranquecida;
Quando vejo a alta copa de folhagens despida,
Que protegiam o rebanho do calor com sua sombra,
E a relva do verão atada em feixes
Ser carregada em fardos em viagem;
Então, questiono tua beleza,
Que deve fenecer com o vagar dos anos,
Como a doçura e a beleza se abandonam,
E morrem tão rápido enquanto outras crescem; Nada detém a foice do Tempo. A não ser os filhos, para perpetuá-lo após tua partida.

(soneto 12 - Shakespeare)

soneto 53 - William Shakespeare



De que substância és feita,
Que milhões de estranhas sombras te envolvem?
Como todos têm, cada um, a sua sombra,
E tu, sozinha, podes emprestar a elas.
Descreve Adônis, cuja imitação
É parcamente feita à tua imagem;
E sobre o rosto de Helena toda arte da beleza se define,
E tu, em mosaicos gregos, de novo és pintada;
Fala da primavera, e do frescor do ano;
Aquela que exibe a sombra de tua formosura,
E o outro, como teu coração se assemelha,
E tu, em toda forma abençoada e conhecida.
Tomas parte de toda graça visível,
Mas, nem tu, nem ninguém mantém fiel o coração.

(Trad.Thereza Christina Rocque da Motta - do Livro: "154 Sonetos", Ibis Libris, 2009)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

mais fragmentos que valeram à pena...

Ela encontrou uma bela paisagem, natureza receptiva, estavam na mesma frequência, diz que neste dia quase foi feliz...As flores, a grama, as árvores, uma obra de arte esculpida por anjos artistas. Percebeu que aquela paisagem só estava aguardando um olhar atento e a sintonia foi imediata. O sol parecia mais orgulhoso do que o habitual por ter o privilégio de iluminar tanta beleza!As hortênsias exageradas não se definiam, não eram lilazes tampouco azuis, o que elas queriam era se exibirem. Elas se bastavam.Ela encontrou uma planta, a sensitiva... um leve toque e se encolhe toda, não é medo, nem fuga, dizem que ela só aguarda o toque certo.Ela disse que prefere as flores aos humanos... Disse outro dia que tem inveja da exuberância das flores, não ela não estava brincando, disse que era inveja mesmo!As casas resolveram se acomodar e se renderam à paisagem, os cães, idem, nem tinham o que fazer, pareciam levemente entediados... um gato atento e desconfiado... os pássaros faziam a festa!



































São Pedro de Alcântara - Núcleo de colonização germânica mais antigo de Santa Catarina. População - 3.700 habitantes. Colonização - Alemã e luso-açoriana.
Localização - Grande Florianópolis, a 31km da capital. Área - 140,6km2.
Clima - Mesotérmico úmido, com temperatura média entre 15ºC e 25ºC.
Altitude - 300m acima do nível do mar.
Cidades próximas - Antônio Carlos, Angelina, Florianópolis, São José, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Águas Mornas.
(São Pedro de Alcântara, nome de batismo Juan de Garabito y Vilela de Sanabria (Alcântara, 1499 / 1562) Frade franciscano espanhol. Notável pregador e místico, amigo e confessor de Santa Teresa d‘Ávila a quem terá ajudado em 1559 na reforma da Ordem Carmelita. Escreveu o "Tratado da Oração e Meditação". Foi Padroeiro do Brasil durante o Brasil Império).
Fatima Vieira/ Fotografia: Rosane Vieira