domingo, 17 de março de 2013

Ψ ... nós raramente vemos as pessoas

Ψ "Se pudéssemos olhar dentro dos olhos das pessoas com a necessária profundidade, veríamos seus temores, sua dor, a sua tristeza e a sua raiva - todos os seus sentimentos.

Entretanto, esses são sentimentos que as pessoas não querem demonstrar. 

Nós procuramos esconder as nossas fraquezas tanto de nós mesmos quanto dos outros. 

Creio que agimos em conformidade com um acordo tácito: “Não olharei para dentro de sua alma se você não olhar para dentro da minha.” 

Nós consideramos uma questão de polidez não penetrar nas máscaras que as pessoas usam.

Conseqüentemente, nós raramente vemos as pessoas. 

Quando as pessoas se cumprimentam, elas raramente olham para dentro dos olhos umas das outras.

 Em resposta ao 'Como vai?', elas respondem de forma rotineira: 'Tudo bem.' ... 

O contato de olhar com olhar é não só uma forma de reconhecimento como também uma ligação energética com outra pessoa.

 Nós literalmente nos tocamos mutuamente com nossos olhos.

 Isto se deve ao fato de que os olhos, quando carregados, emitem um feixe energético. 

Pessoas sensíveis à aura que envolve o corpo humano podem efetivamente ver esse feixe, ao passo eu outras conseguem senti-lo fisicamente.

 Muitos indivíduos dizem poder sentir quando alguém está olhando para eles mesmo quando estão de costas.

 Se o feixe entre os olhos de duas pessoas for terno e afetuoso, poderá despertar um sentimento de amor dentro dos seus corações. Este é o fundamento da expressão “amor à primeira vista”... 

Todavia, os olhos não irradiam apenas amor, mas também raiva e ódio. Fala-se em 'mau-olhado', qualidade que se atribui a certas pessoas de causarem desgraça àqueles para quem olham...

Um olhar cheio de ódio pode ser suficientemente poderoso para congelar um indivíduo vulnerável.”

(O Olhar - Alexander Lowen)
Fatima Vieira - Psicóloga Clínica

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