terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Ψ O Homem e Seus Símbolos - o mundo além das palavras

"Dentro deste mundo há outro mundo impermeável as palavras. 
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes, até mesmo as rochas exalam poesia. Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes." 
(Jalal ud-Din Rumi)

  Percepção da realidade: “O homem, como podemos perceber, nunca percebe plenamente uma coisa ou a entende por completo. Ele pode ver, ouvir, tocar e provar. Mas a que distância pode ver, quão acuradamente consegue ouvir, o quanto lhe significa aquilo que toca e o que prova, tudo isso depende do numero e da capacidade dos seus sentidos. Os sentidos do homem limitam a percepção que este tem do mundo à sua volta.
         (...)  além disso, há aspectos inconscientes na nossa percepção da realidade. O primeiro deles é o fato de que, mesmo quando nossos sentidos reagem à fenômenos reais, a sensação visuais e auditivas, tudo isso, de certo modo, é transposto da esfera da realidade para a da mente."
 Um símbolo bastante significativo do Self é o mandala. Os mandalas (sânscrito, círculo) são figuras circulares e simétrias, considerados um dos símbolos mais antigos encontrados em manifestações artísticas e religiosas de diferentes povos e épocas. 
Jung percebeu que eles apareciam no processo psicoterapêutico de pacientes, em momento de desorientação e desorganização psíquicas.
 “Eles (os pacientes) exocizam e esconjuram sob a forma de círculos mágicos, as potências anárquicas do mundo obscuro, copiando ou girando uma ordem que converte o caos em cosmos”.

                         
                                               Fatima Vieira - Psicóloga Clínica

2 comentários:

Guaraciaba Perides disse...

postagem muito interessante! Um dos livros que mais me impressionou foi "memória, sonhos e reflexões" de Jung há mais de trinta anos... até hoje trago na memória algumas passagens.
um abraço

psique disse...

Olá Guaraciaba,
Jung me fascina. Ele nos faz lembrar o poeta persa Omar Khayyam, século XIII, que combinava um misticismo difuso com "vinho, mulheres e música".
"Sinais do destino, do Bem e do Mal, foram gravados em nossa mente pelas mãos do invisível; De nada adianta se lamentar, pois eles permanecerão eternamente".
O maior legado de Jung é que a psique humana evolui sem cessar, mesmo na velhice. Não somos movidos apenas por nossos conflitos internos não resolvidos do passado, mas também atraídos por um destino futuro. Ele nos fala da importância de identificar a nossa lenda pessoal que seria uma das tarefas mais importantes para o psiquismo.
Agradeço seus comentários no blog, um abraço!