Deusa Nut: imagem: artfex nepalegyptiangoddess
"Tente me alcançar, toque em mim. Estou sempre além do seu alcance. Não tente imaginar como Eu Sou
porque você não pode. Sou o sempre presente e insondável
desconhecido. Eu Sou a imensidão do céu estrelado. Estou além da compreensão humana
na amplidão do meu ser. Sou um mistério
até mesmo para mim
Receba o meu abraço."
Nut a Deusa egípcia do céu noturno... aquela que depois da escuridão faz o sol nascer pela manhã, depois o devora outra vez à noite. Ela protege o morto durante sua jornada. Nut chega na sua vida para lembrar que você estará aberto ao mistério. Deixe espaço para Ela tecer sua vida. Ela o convida a abrir o coração e a confiar Nela, viver uma profunda unidade com o desconhecido. Chame-a e Ela virá imediatamente. Você se sentirá seguro, pleno, satisfeito, pronto para continuar sua jornada na vida.
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“Como posso ser substancial se não projeto uma sombra? Devo ter um lado sombrio também se quiser ser completo". (CG Jung)
Não podemos ter a mãe da luz sem a mãe das trevas. O arquétipo da mãe contém ambas. O arquétipo da Grande Mãe abrange tanto a Madona amorosa e protetora quanto a bruxa devoradora e aterrorizante.
A Mãe Sombra nos sustente nos momentos sombrios de luto, iniciações, cura, inverno e dor.
Peter Paul Rubens
Ela é a Sábia Anciã que oferece sua sabedoria duramente conquistada àqueles que ouvem seus sussurros. Ela mantém os portões da alma do coração abertos com um amor ferozmente gentil e terno, observando nossas incursões nas profundezas da alma com compaixão, gentileza e amor.
Ela exerce sua compaixão com clareza para refletir a consciência que não serve e o segura enquanto você lamenta a dor e entra em uma nova luz. Ela é o útero escuro que nutre e ajuda você a se recompor. Ela é sempre terna enquanto nos aprofundamos para compreender a totalidade da nossa natureza.
Por outro lado, a Mãe Morte pode se manifestar como a mãe terrível, devorando, engolfando ou sufocando seus filhos emocionalmente.
A mitologia cita as Keres: Elas seriam um dos maus espíritos liberados da caixa de Pandora. As Keres simbolizam os traumas emocionais, o destino cruel, fatal e impossível de escapar e elas seriam aquelas que traziam a morte violenta aos mortais.
Górgona: uma mulher monstruosa que, com um único olhar, tinha a capacidade de transformar mortais em pedra.
Harpias: A palavra harpia significa "ladrão", pois elas tinham a capacidade de roubar qualquer coisa, incluindo humanos, em um instante.
Éris: A personificação da discórdia, do antagonismo, da corrupção e do conflito.
Diz Jung, “O complexo materno negativo pode incluir autoalienação, afeta negativamente a confiança, promove a idealização dos outros e corrói a energia vital. Alimenta um ciclo internalizado de auto-ódio, opressão e vingança.”
Allan Score em sua Teoria da Regulação Interpessoal fundamentada na neurociência, enfatiza como nosso senso de identidade e o desenvolvimento cerebral são formados por meio de nossos relacionamentos iniciais:
"Os traumas interpessoais precoces, como perda, rejeição, ausência e falta de apoio, podem levar a sentimentos de falha, inadequação de não ser bom o suficiente."
Como um homem com o complexo da mãe devoradora vivência seu lado feminino internalizado? Geralmente, a mãe devoradora aparece nos homens como um elemento de fantasias românticas e sexuais irreais.
Na puberdade, quando são muito ativos e criativos, eles de repente se tornam passivos e sonhadores. O desempenho deles na escola cai drasticamente.
Eles ficam mergulhados até o pescoço em fantasias sexuais e devaneios.
Nessa idade, é uma transição normal, mas se um homem se deixa levar por fantasias sexuais lascivas,
ele literalmente cai nas mãos do vampiro
ou, psicologicamente, da mãe devoradora. Ele perde a capacidade de tomar a própria vida em suas mãos.
Ele perde a força de vontade e potência. Ele vive uma vida irreal. Se não resolvido este conflito, ele possivelmente se tornará um adulto infantilizado, buscando o objeto amado incansavelmente sem satisfação orgástica.
Cure a ferida da Mãe: Se o relacionamento com sua mãe deixou cicatrizes, reserve um tempo para curá-las. Reconheça a dor e como ela impactou sua vida e encontre maneiras de se dar o amor que você precisaria dela. Considere fazer Psicoterapia.
Fonte: Amy Sophia Mirashinsky - "O Oráculo da Deusa"
Clarissa Pinkola Estés - "Mulheres que Correm com os Lobos"
CG Jung - “Os Complexos e o Inconsciente”
𝚿 Fatima Vieira - Psicóloga Clínica
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