terça-feira, 11 de maio de 2010

ΨTRANSTORNOS ALIMENTARES 2





OBESIDADE: H Bruch confronta a ANOREXIA e a BULIMIA







  


       



 . Problema da obesidade deve ser abordado a partir de dois fatos essenciais que ninguém contesta: 
De um lado as ingestões alimentares excessivas aumentam o peso, enquanto que as restrições alimentares (baixas calorias) o diminuem. Por outro lado, cada indivíduo rege de modo particular do ponto de vista ponderal aos excessos e as restrições alimentares.

. Segundo Royer, a fisiopatologia das obesidades é obscura e é impossível falar-se de obesidade em geral.
. Ele assinala fatores múltiplos eventualmente associados à origem das obesidades infantis: Excesso de entrada de tecido adiposo secundário por hipofagia (psicógena, hipotalâmica ou ambiental); Por inatividade (psicógena, social, paralítica); Por neglicogênese (hipercorticismo); Deficiência do metabolismo dos lipídiops do tecido adiposo por anomalia do controle extrínseco (endócrino e neurossimpático) ou do metabolismo autônomo (defeitos enzimáticos).


. Meyer observa que apenas 10% das crianças cujos pais tem peso normal apresentam excesso de peso; contra 40% das que tem apenas um dos pais obeso e 80% daqueles cujo pai e mãe sofrem desta enfermidade; 70% das crianças obesas tem os dois pais obesos.

. H Bruch em seus primeiros estudos (anos 30), enfatizou um PERFIL PECULIAR de criança obesa e sua constelação familiar, tema retomado na década de 70, considerando a criança obesa como resultado de uma compensação pela imperfeição na vida dos pais. A mãe parece querer moldar a criança à sua imagem.

. O que é importante é saber se a compulsão alimentar e a inatividade física estão associadas não apenas à história somática, mas também ao ajustamento social pobre a uma imaturidade emocional ou a uma maturidade defeituosa e conhecer o valor que adquire a compulsão dentro desta desorganização.

. Sabe-se que a criança cujas outras necessidades estão reprimidas ou insatisfeitas reage através de uma solicitação alimentar crescente e um desejo de satisfação imediata à alimentação, equivalente ao amor, tem um valor de compensação de reconforto,
aparentemente submissa ela se torna na realidade um tirano que não suporta a recusa.


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Assim nos conflitos da vida social a compulsão alimentar pode tomar o lugar da agressividade e o peso passa a ter um valor simbólico, há o temor de perder a sua força pelo emagrecimento (a gordura como proteção).

 
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A obesidade pode estar ligada a um distúrbio de personalidade. Ser obeso tem importância para a criança, se não encontra solução para suas dificuldades a obesidade serve de "proteção" para seus problemas. Mais do que todos os outros, este tipo de obeso resiste à dieta e quando lhe é imposta, torna-se fonte de
uma grande tensão.


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Existe o obeso cujo estado é consequência de experiência emocional traumatizante, na qual a compulsão e a obesidade tem a função de protegê-lo da angústia e da depressão. E o obeso cujo estado se caracteriza sobretudo por uma impossibilidade de suportar as frustrações ou retardamento nas gratificações.

  
BIBLIOGRAFIA:  J.  de  AJURIAGUERRA - "Manual de Psiquiatria Infantil"
( txt elaborado por Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

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