A dança dos encéfalos acesos
Começa.
A carne é fogo.
A alma arde.
A espaços
As cabeças, as mãos, os pés e os braços
Tombara, cedendo à ação de ignotos pesos!
É então que a vaga dos instintos presos—
Mãe de esterilidades e cansaços
—Atira os pensamentos mais devassos
Contra os ossos cranianos indefesos.
Subitamente a cerebral coréa
Pára.
O cosmos sintético da Idéa
Surge.
Emoções extraordinárias sinto...
Arranco do meu crânio as nebulosas.
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!
Começa.
A carne é fogo.
A alma arde.
A espaços
As cabeças, as mãos, os pés e os braços
Tombara, cedendo à ação de ignotos pesos!
É então que a vaga dos instintos presos—
Mãe de esterilidades e cansaços
—Atira os pensamentos mais devassos
Contra os ossos cranianos indefesos.
Subitamente a cerebral coréa
Pára.
O cosmos sintético da Idéa
Surge.
Emoções extraordinárias sinto...
Arranco do meu crânio as nebulosas.
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto!
(Augusto dos Anjos)
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