quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ψ DEPRESSÃO - socorro eu não estou sentindo nada...

"SOCORRO EU NÃO ESTOU SENTINDO NADA. Nem medo, nem calor, nem fogo. Não vai dar mais pra chorar. Nem pra rir... Socorro, alguém me dê um coração. Que esse já não bate nem apanha. Por favor, uma emoção pequena... qualquer coisa que se sinta, tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva..." (Composição: Alice Ruiz)
DEPRESSÃO: Do latim “deprimere”, no sentido de abater, debilitar, enfraquecer. Na PSICOLOGIA dentre as várias PSICOPATOGIAS é uma das mais estudadas, indica um desvio emocional com sintomatologia própria. O paciente apresenta mudanças em suas funções COGNITIVAS, INTELECTUAIS e AFETIVAS com variações entre LEVE, MODERADO, SEVERO (com ou sem sintomas psicóticos). O diagnóstico se faz com profissional especializado, sob critério do sistema de classificação do Código Internacional de Doenças (CID -10).
Na fenomenologia da depressão, o que se constata é uma perda maior ou menor da auto-estima. A fórmula subjetiva traduz-se em "PERDI TUDO AGORA O MUNDO ESTÁ VAZIO", Freud comparou a depressão ao fenômeno do luto, o vínculo com a perda é representado por centenas de recordações separadas: a dissolução do vínculo para cada uma delas realiza-se separadamente e isso leva tempo até a completa elaboração. FREUD chamou esse processo de "TRABALHO do LUTO".
Há considerações científicas que sugerem a atuação de fatores somáticos provenientes da hereditariedade na depressão e em outros trantornos mentais. Registra-se que se um dos Pais tem Transtorno Bipolar que é caracterizado pela ocorrência do Episódio Maníaco e Depressivo existe uma chance de 25 % de qualquer filho ter um Transtorno de Humor, se ambos os pais tiverem, as chances sobem para até 75 %.
- PRINCIPAIS QUEIXAS:
Humor deprimido na maior parte do dia e quase todos os dias;
Prazer reduzido ou total ausência de prazer;
Perda ou ganho de peso numa relação de 5% em um Mês;
Insônia ou hipersonia diária;
Agitação e ou retardo psicomotor; baixa concentração e memorização;
Fadiga, perda de energia em quase todos os dias;
Sentimento de inutilidade, culpa ou inadequação no convívio social;
Indecisões constantes; retraimento; Baixa auto-estima;
Pensamento de morte com ou sem ideação suicida.

- Há de se ter consciência que os Psicofármacos indicados, as doses prescritas, os Exames solicitados, o Retorno Clínico e a Psicoterapia, fazem parte do plano de tratamento.
Fonte Bibliográfica: FENICHEL, Otto - "Teoria Psicanalítica das Neuroses"
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL da SAÚDE (OMS)/ CÓDIGO INTERNACIONAL de DOENÇAS (Cid 10)/ DSM-III-R, Diagnostic and Statistical Manual of Mental Desorders, American Psychiatric Association, Washington, DC, 1987.
Freud, S., Luto e Melancolia, Ed. Standard das Obras Psicológicas Completas de S Freud, vol. XIV, Imago, Rio de Janeiro, 1970. (Fatima Vieira - Psicóloga Clínica)

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho que estou precisando de ajudad de um especialsta! Tenho 02 filhas lindas, separação recente e me vejo nesta situação! Não consigo sair de um abismo, não como não durmo, e qndo durmo tenho vontade de não acordar! Como proceder!

psique disse...

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